O vento tem entrado nos meus versos de todas as maneiras e
só entram nos meus versos as coisas de que gosto
O vento das árvores o vento dos cabelos
o vento do inverno o vento do verão
O vento é o melhor veículo que conheço
Só ele traz o perfume das flores só ele traz
a música que jaz à beira-mar em agosto
Mas só hoje soube o verdadeiro valor do vento
O vento actualmente vale oitenta escudos
Partiu-se o vidro grande da janela do meu quarto
Ruy Belo, Homem de Palavra[s], 1970
ACTUALIZAÇÃO: o vidro do armário da cozinha custou seis euros; e não foi o vento, foi a Jackie.
3 comentários:
n sei se acho justo pores assim a jackie em cheque, amigo. mas se for preciso, ela parte outro vidro, prtt ficam quites. abraço c saudades, homem!
é um elogio, estou a dizer que ela é como o vento! abraços, pá
yyaaaaaaaa
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