Soube da situação em Letras por mail e pelo que li aqui, antes da capa do P de hoje. É obviamente preocupante que esta gente apareça sequer, e o clima de ameaça que se vive na Faculdade desde a tentativa de pintura do mural é repugnante. Não sei se, com base nos estatutos, a lista x (que se diz apolítica mas é faXista) poderia ter sido recusada; o que agora interessa é que, sete anos (!) desde que acabei o curso e participei numas eleições para a Associação de Estudantes, lá vou votar outra vez enquanto aluno de pós-graduação - a ver se a coisa não dá para o torto. Não faço ideia se as probabilidades de a lista x ganhar são fortes ou fracas, mas sei que não são precisos assim tantos votos para ganhar uma AE.
Lembro-me de com o Pedro Rodrigues ter feito um vídeo para a Abril em Maio onde entrevistávamos vários dos que "nasceram depois" (do 25 de Abril): a Mariana, o Omar, o Zé João... entre eles estava o Paulo Afonso, que na altura julgo trabalhava na Reitoria. Maldosamente pusemo-lo a repetir três vezes uma frase sobre a importância (política) de cada um "levar a água ao seu moinho". Hoje no P (sem link) o mesmo Paulo Afonso justifica a abstenção dos estudantes dizendo que estes vêem a AE como "uma rampa de lançamento de carreiras políticas". Não vejo nisso nenhum problema (é aliás este sentimento anti-políticos que faz com que nasçam listas de extrema-direita "apolíticas"), mas não deixa de ser cómico que o Paulo Afonso seja apresentado pela jornalista como "ex-dirigente académico e actual autarca".
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