Graças ao LPF que ficou lá até estas horas e ao Rui Guilherme Lopes, que era o presidente da mesa da RGA, posso desde já avançar (sempre quis dizer isto) que a lista U ganhou com 818 votos contra 81 da lista x (a de extrema-direita). Houve ainda 24 votos brancos e 19 nulos. Em percentagem de votos expressos, isto dá uma vitória de 90,99% contra 9,01%. A contagem decorreu insolitamente à porta fechada e não houve incidentes. Relativamente ao ano passado, a participação dos estudantes terá pelo menos duplicado: um bom sinal, mesmo se o total de votantes não ultrapassa os mil.
Ao passar hoje pela faculdade percebi que ainda não era desta que uma lista assim colocaria reais problemas. Nem sabiam que podiam concorrer também à mesa da RGA e ao Conselho Fiscal, portanto só apresentaram lista para a AE; e os papéis espalhados pelas paredes eram confrangedores, não havia uma ideia nítida ou uma frase bem construída. Erros como a boa relação da AE com o Conselho Directivo ser "de salutar" (devem ser alunos de Latim); e propostas como "para o teatro aceitamos sugestões" (até o Rui Rio sabe que teatro é para acabar). Isto no meio dos tais protestos de que são uma lista "apolítica" (devem querer dizer apartidária), com afirmações de que têm pessoas de várias cores, ideologias e até religiões na lista (como aquelas pessoas que dizem que "têm amigos que são"). Só da orientação sexual é que não falam, também não é preciso exagerar.
Mais assustadores são os vários autocolantes do PNR nas casas de banho. E o facto de esta gente (ali ou noutro sítio, por exemplo nas escolas secundárias) numa próxima oportunidade voltar com mais força e tendo aprendido mais uns truques do "jogo democrático".
Quinta-feira às 15h30, na esplanada da faculdade, há uma conversa com o SOS Racismo, Eduarda Dionísio e José Mário Branco. Vemo-nos lá?
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