segunda-feira, 19 de março de 2007
A maior parte das vezes, começava assim
"Fábrica sombria" será uma expressão de Sarah Bernhardt para se referir ao teatro como lugar onde a actriz "lapida os seus diamantes na penumbra". Aqui não vai haver de certeza diamantes, penumbra é provável que sim. As segundas aspas são citação já não da Bernhardt mas de um argumento de cinema chamado Phénix, escrito (e nunca filmado) por Jacques Rivette. Foi aí que encontrei a primeira citação e uso-a como título porque é suposto eu ter alguma coisa escrita sobre este guião daqui a um mês: a fábrica entra portanto agora (oficialmente) em laboração. Isto não quer dizer que desse trabalho se veja aqui alguma coisa; o que interessa é que o motor da escrita comece a rodar, mais ou menos secretamente, e pode ser que o blog sirva para ir dando uso ao teclado. Nada me garante que vá conseguir, e então o texto prometido, assim como o blog, não passarão de espectros, assombrações. Não é Phénix (é o que diz na capa do livro) um "filme fantasma"? Bu.
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