quinta-feira, 25 de junho de 2009

Poemas e filmes reloaded

Não resisti a ir verificar, que a minha presunção não é tanta. E fui obviamente destemido, não tinha estaleca para tanto: se acertasse em todos os pormenores seria chato, um erro estaria bem, dois já é exagero. Pois pequei duplamente, uma das vezes por omissão, ambas na Comédia de Deus, dos três filmes o que vi há mais tempo. É que o soneto de Camões é primeiro dito por JCM em off, com Rosarinho ao espelho e só depois lido por Joaninha; e não na cornucópia, o que seria demasiado retórico na junção do sublime e do abjeccionista (e "tudo o que é demais cheira mal"), mas na cena seguinte, numa mais prosaica retrete. Aqui ficam os stills. Quanto a Robert Browning, não sei se é citado, mas a melhor referência que lhe é feita tem de ser a do Pierrot le fou: "un poète qui s'appelle revolver."




3 comentários:

DL disse...

Também não fui verificar nenhum daqueles que citei. Só não sabia que estava a "pular" um Bénard da Costa.

Vi o L'Amour par Terre há menos de um ano (contado em unidades de tempo psicológico) mas acho que a cabeleira do André Dussolier me desviou a atenção do essencial, porque não me lembro de quase nada desse filme (apenas que é passado numa casa).

FF disse...

De facto o penteado do Dussolier é magnético (embora o Kalfon, no mesmo filme, não lhe fique atrás: eram os anos 80...)

FF disse...

E fui capaz de um terceiro erro (one is a catastrophe, three seems like carelessness): o café afinal dá para o Marquês de Pombal e não para o Campo Grande...